quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Natal

É Natal, outra vez! 


O Natal é a única ocasião em que "O Mito do Eterno Retorno" (que nos diz que tudo se repete da mesma forma como um dia o experimentamos e que a própria repetição repete-se ad infinitum) e o "DEVIR" (e a passagem contínua do finito ao infinito e, inversamente, constitui o único processo infinito que se move em contrários, a unidade do ser e do não-ser, a essência do mundo. Heraclito viu nessa instabilidade de todas as coisas, na mutação contínua de todo ser, a lei mais geral do universo. Tudo flui, nada tem consistência, de maneira que não podemos "entrar duas vezes no mesmo rio". O universo é luta e paz; verão e inverno, fluxo e tempo, saciedade e fome, etc.) se encontram. 

Contraditório? Aparentemente sim. Mas... e se pensarmos como Heraclito?, que defendia que de um lado existia o Logos, que governava todas as coisas e, do outro, o devir que se desenrolava no interior de um círculo apertado por laços poderosos. Acreditava que era no interior de cada um de nós que se operavam as mudanças, dizia que a vida e a morte, a juventude, a velhice e o sono eram a mesma coisa, porque estes transformam-se naquelas e inversamente aquelas transformam-se nestes. 

E é assustador como todos os Natais eu reflicto àcerca disto! 

Em todos os anos da minha vida passada e futura existe Natal e eternamente retornará. Mas o Natal, o seu espírito e a forma de nele estar nunca são os mesmos e eu própria (já tão alterada pelo "devir" da vida) nunca sou a mesma. 

Este Natal é também pautado por dois extremos que se tocam: vou passá-lo apenas com o meu marido, filho, mãe, avô e gata mas, no entanto, acho que é o mais cheio de amor de todos!!! 

Amor que nos alimenta a alma e que vamos aprendendo (aprender - processo mutável e eterno) a valorizar e a preservar mas que, sendo "fogo que arde sem se ver", temos que aprender a tentear. 



Tal é o fogo de Heraclito, em que "o mundo é o mesmo para todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o criou; mas foi, é, e será sempre um fogo eternamente vivo, que com medida se acende e com medida se apaga. " 

AMAR-TE-HEI SEMPRE PEDRO!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Geometria Sagrada

"O grande livro da natureza está escrito em símbolos matemáticos" - Galileu Galilei -

O que é a Geometria Sagrada?

Geo + Metria = medição da terra

Geometria Sagrada seria, então, o estudo das ligações entre as proporções e formas contidas no microcosmo e no macrocosmo com o propósito de compreender a Unidade que permeia toda a Vida.

Desde a Antiguidade, egípcios, gregos, maias, arquitectos das catedrais góticas, artistas como Leonardo da Vinci e outros…. todos reconheciam na natureza formas e proporções especiais, que traduziam uma harmonia e unidade em si…

Essas relações de forma e proporções consideradas sagradas na geometria e na arquitectura, também ocorrem de forma idêntica noutras áreas da expressão humana, como na Música. O estudo dos harmónicos, dos modos musicais vem fascinando os compositores e amantes da música há milénios. A mesma harmonia nos sons, nas formas, nas cores também se encontra na natureza, do microcosmo ao macrocosmo

Geometria Sagrada…

A linguagem mais próxima da Criação?