Podemos imaginar um género de música eletrónica criado pelos hippies? Pois essa é a história do estilo Goa Trance, que surgiu no final da década de 80 na Índia. Naquela época os hippies na região realizaram diversas manifestações de contra cultura e, já que entendiam de e-music, resolveram criar um novo ritmo e um estilo um tanto quanto inusitado.
O Goa tem a sua base no Trance, apresentando o mesmo uso repetitivo de melodias, sempre com poucas variações. Porém um diferencial está nas inovações do ritmo com a sobreposição de elementos diversos, aproveitando ao máximo a utilização de multi-camada. Segundo alguns DJs, o gênero, diferentemente do Trance Classic, não tem um grande apelo popular.
O Goa influencia diretamente o Psy (Psychedelic). Os DJs afirmam que a diferença entre o Psy e Goa Trance é realmente insignificante, e que se você perguntar a qualquer pessoa envolvida eles facilmente irão dizer que não há diferença, do mesmo modo que os junglists vão dizer que não há diferença entre Bass Jungle e Drum, apesar de haver.
De modo resumido o PsyTrance removeu do Goa as influências do Oriente Médio e do hinduísmo e as melodias são cheias de batidas explosivas. Os conhecedores da música eletrónica classificam o Goa Trance como um género mais orgânico e o Psy como mais cibernético e futurista.
Além do Psy, o Goa também criou outros subgéneros como o Goa Progressivo, o Psyfunk, Goa Ambiente, mas o Psychedelic tornou-se o mais conhecido. Algumas músicas que podem ser citadas são Hydroponics de Cybernaut, Animals de Cydonia, Mahadeva de Astral Projection, Crystal Forest de Solar Plexus, entre outras.
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