sábado, 25 de outubro de 2008

"Together we're invincible" - MUSE

Da Lyra para o Cygnus X1.

Juntos percorremos um longo caminho e aqui chegámos - perto do topo - cheios de força e alegria. Muito caminho há ainda para percorrer até bem lá a cima e sei que nós fá-lo-emos, de mãos dadas, como sempre e agora com mais determinação e certeza. 

A ti Rapaz Maravilha e... obrigada por existires:


"Follow through
Make your dreams come true
Don't give up the fight
You will be all right
Cause there's no one like you
In the universe

Don't be afraid
What your mind conceives
You should make a stand
Stand up for what you believe
And tonight we can truly say
Together we're invincible

And during the struggle
They will pull us down
But please, please let's use this chance to
Turn things around
And tonight we can truly say
Together we're invincible

Do it on your own
Makes no difference to me
What you leave behind
What you choose to be
and whatever they say
Your soul's unbreakable

And during the struggle
They will pull us down
But please, please let's use this chance to
Turn things around
And tonight we can truly say
Together we're invincible
Together we're invincible

And during the struggle
They will pull us down
Please, please let's use this chance to
Turn things around
And tonight we can truly say
Together we're invincible"

Amar-te-hei sempre!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Orpheu Eurydice


"Aprende
A não esperar por ti
pois não te encontrarás
No instante de dizer sim ao destino
Incerta
paraste
emudecida
E os oceanos depois devagar te rodearam

A isso chamaste Orpheu Eurydice
Incessante intensa lira vibrava ao lado
Do desfilar real dos teus dias
Nunca se distingue bem o vivido do não vivido
O encontro do fracasso
Quem se lembra do fino escorrer da areia na ampulheta

Quando se ergue o canto
Por isso a memória sequiosa quer vir à tona
Em procura da parte que não deste
No rouco instante da noite mais calada
Ou no secreto jardim à beira-rio
em Julho"


- Sophia M. B. Andresen -

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Lyra

Depois de Hércules segue-se a constelação de Lira. Esta, embora mais pequena, é facilmente identificável em virtude de possuir uma das estrelas mais brilhantes do céu nocturno : Vega. Na figura abaixo indicam-se algumas das estrelas de Lira.


HISTÓRIA MITOLÓGICA DA CONSTELAÇÃO DE LIRA

Orfeu era filho da musa Calíope e do deus-rio Eagro. Cresceu entre as musas, aprendeu a música e a poesia dos deuses. Seu canto era tão suave que as feras o seguiam, mansas e preguiçosas e as árvores se inclinavam para ouvi-lo melhor. Menino ainda, conheceu a Ninfa Eurídice, filha de Apolo. De mãos dadas, corriam pelos campos e as flores desabrochavam à sua passagem. Cresceram sonhando com o dia do casamento, quando as musas e as Ninfas se reuniriam num coro para os cânticos nupciais. E este dia tão esperado já estava próximo quando Aristeu viu a noiva de Orpheu a brincar entre as flores.
Uma paixão louca foi-se instalando no seu coração e despertando o desejo dorido de amá-la. E um dia ele não aguentou mais e aproximou-se dela devagar.
Eurídice fugiu, perseguida por Aristeu. Correu e não viu a serpente enorme enroscada entre as plantas. A picada foi quase indolor e não entendeu quando a morte que corria nas suas veias enfraqueceu as suas pernas e obrigou-a a cair no tapete florido.
O pobre Orpheu abandonou-se à dor. O pranto de sua lira encheu os campos e subiu ao Olimpo, mas ele, cego de desespero, desceu ao Hades à procura de sua amada. Ao som de sua lira, Caronte atravessou-o em seu barco, Cérbero parou de rugir e, à sua passagem, Tântalo esqueceu-se da fome e da sede, as Danaides pararam de encher o tonel furado e os sofredores distraíram-se de suas penas.
Quando chegou ao palácio das profundezas, Plutão (Hades) e Perséfone já o esperavam.
- Muito bem – disse Plutão, depois de ouvir as súplicas de Orpheu. – Permito que a sua noiva o acompanhe, mas imponho uma condição: irás à frente e ela te seguirá e, por motivo nenhum, poderá olhar para trás ou perderá-la-hás para sempre.
Orpheu deixou o salão denso de brumas cheio de esperanças e procurou a estrada que levava às portas de Hades. Mal deu os primeiros passos, sentiu que estava a ser seguido. Passos leves e tímidos seguiam-no, mas nada conseguia ver com os cantos dos olhos. Não se voltou. A felicidade que sentia era imensa. Eurídice estava ali atrás e sairia com ele. As lembranças ferviam na sua cabeça e ele apegava-se a elas para resistir à tentação de olhar para trás. E juntamente com ela, apareceu também Aristeu, apaixonado, tentando tocá-la, tentando possuí-la.
- E se a serpente não a tivesse picado? – pensou ele subitamente. – Teria ela resistido aos encantos de Aristeu? Quem sabe, no íntimo, ela também não desejava o amor daquele criador de abelhas? – procurou lembrar-se do olhar de Eurídice e viu-o cheio de paixão. – Por ele ou por Aristeu?
O ciúme se instalou na sua alma.
- Preciso saber – disse baixinho – preciso ter certeza do porquê do brilho de paixão que vi nos olhos dela na última vez em que me contemplou. Se eu pudesse ver os seus olhos novamente...
Foi saudade, a dúvida ou o ciúme que fez Orpheu olhar para trás? Nem mesmo ele soube dizer. Quando deu por si, estava estactico, a ver a imagem de Eurídice diluir-se no ar. E a última coisa que se apagou foi o brilho da paixão que acendia os seus olhos...
Mergulhado no seu sofrimento, Orpheu não quis mais nenhum contacto com mulheres e isolou-se no seu meio à sua dor. Reuniu os jovens da cidade e, a portas fechadas, realizavam ritos mágicos.
- Que será de nós, se os nossos homens não querem mais o amor das mulheres?
- A culpa é do Orpheu, aquele louco, que jamais aceitou a morte da noiva e não consegue amar outra mulher!
E uma noite, as mulheres, revoltadas, atacaram Orpheu, despedaçaram o seu corpo e lançaram os seus pedaços no rio. A sua lira subiu aos céus e transformou-se numa constelação e a sua alma foi para os Campos Elíseos, cantar para os Bem-Aventurados.
...