A arte é, provavelmente, uma experiência... inútil; como a "paixão inútil" em que cristaliza o homem. Mas inútil apenas como tragédia de que a humanidade beneficie; porque a arte é a menos trágica das ocupações, porque isso não envolve uma moral objectiva. Mas se todos os artistas da terra parassem durante umas horas, deixassem de produzir uma ideia, um quadro, uma nota de música, fazia-se um deserto extraordinário. Acreditem que os teares paravam, também e as fábricas; as gares ficavam estranhamente vazias, as mulheres emudeciam. A arte é, no entanto, uma coisa explosiva. Houve e há decerto, em qualquer lugar da terra, pessoas que se dedicam à experiência inútil que é a arte, pessoas como Virgílio, por exemplo, e que sabem que o seu silêncio pode ser mortal. Se os poetas se calassem subitamente e só ficasse no ar o ruído dos motores, porque até o vento se calava no fundo dos vales, penso que até as guerras se iam extinguindo, sem derrota e sem victória, com a mansidão das coisas estéreis. O laço da ficção, que gera a expectativa, é mais forte do que todas as realidades acumuláveis. Se ele se quebra, o equilíbrio entre os seres sofre grave prejuízo.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Feliz dia dos Namorados
Amo-te Pedro!!!
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Requiem for a Dream
Apenas porque sim, porque me apetece e porque gosto de partilhar, aqui fica "Requiem for a Dream".
Música: Clint Mansell
Filme: Final Fantasy
domingo, 11 de janeiro de 2009
Fractal Psicadélico
As regras lógicas da matemática a que um fractal obedece, bem usadas, provocam subconscientemente uma expansão brutal da Percepção do observador. O cérebro percebe que há na imagem uma lógica. Lógica essa tão complexa que a mente humana não consegue abranger na integra... Ela esforça-se, sem que nos apercebamos, por a entender e expande-se nesse processo... Só assim explico que ao fim de um dia intensivo a ver fractais a minha mente estivesse tão mais cansada que num mero dia a ver imagens de outros tipos, e que ao fechar os olhos, delirasse com formas de um detalhe que nunca antes conseguira imaginar...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
O Príncipe Feliz
É o que sinto em relação ao delicioso conto que vos vou contar ou relembrar, de Óscar Wilde: "O Príncipe Feliz" o qual, sendo artisticamente belo e puro, toca-nos profundamente com toda a sua deslumbrante ternura humana.
Era uma vez um Príncipe, que morreu, e depois da sua morte construíram-lhe uma estátua para que toda a gente visse a sua beleza. Tinha duas safiras nos olhos e um rubi na ponta da sua espada.
A Andorinha abrigou-se entre os pés do Príncipe Feliz. Ela pensava para si própria que tinha encontrado um quarto coberto de ouro, pois o Príncipe era revestido de ouro.
De repente, quando a Andorinha estava prestes a adormecer, caiu-lhe uma gota na cabeça. Ela, muito admirada, olhou para cima e não viu nenhuma nuvem. De seguida caiu a segunda. Quando a Andorinha se preparava para ir embora, caiu-lhe a terceira gota; foi nessa altura que olhou para cima e reparou que as gotas vinham dos olhos do Príncipe Feliz. Muito espantada, perguntou-lhe porque chorava e o Príncipe Feliz, disse-lhe que estava a chorar, porque, antes de morrer e de o colocarem naquele lugar mais alto, nunca tinha reparado nas pessoas pobres, no seu povo, enfim. Mas agora, que reparava nisso tudo, quem lhe dera ainda estar vivo!
O Príncipe Feliz viu uma costureira a fazer um vestido para uma dama e logo pediu à Andorinha para lhe levar o seu rubi, pois o seu filho estava doente e com febre. O menino pedira à mãe tangerinas, mas a ela não tinha dinheiro para lhas comprar.
Então, o Príncipe voltou a pedir à Andorinha, convencendo-a a ficar. E lá foi ela colocar o rubi na mesa da costureira; de seguida foi ao quarto do menino e bateu as suas asas junto dele de tal modo que o menino perdeu a temperatura e adormeceu tranquilamente.
A Andorinha voou, poisou no ombro do Príncipe Feliz e disse-lhe tudo o que fizera. A certa altura, a Andorinha sentiu-se muito quente, apesar do ar fresco.
O Professor de Ornitologia viu uma Andorinha no Inverno e foi logo ao Jornal Local comunicar a estranheza.
A Andorinha disse ao Príncipe que nessa noite iria para o Egipto, mas ele pediu-lhe que ficasse mais uma noite, porque vira um jovem escritor num sótão, com frio e fome, que não conseguia acabar a sua história. Ele, desta vez, pediu-lhe que levasse um dos seus olhos que eram feitos de belas e raras safiras.
A Andorinha disse-lhe que não! Mas o Príncipe implorou-lhe e assim convenceu-a! Ela tirou-lhe uma safira, levou-a ao jovem, deixando-a nas violetas murchas da sua secretária. Quando a lua apareceu, ela voltou para o Príncipe Feliz. Queria despedir-se dele, mas o Príncipe pediu-lhe que ficasse mais uma noite, porque na praça mais abaixo estava uma menina que vendia fósforos e que os tinha estragado porque caíra! E que o pai lhe ia bater se não levasse dinheiro para casa. A Andorinha retirou-lhe a outra safira e levou-a “À Pequena Vendedora de Fósforos”.
A Andorinha disse, por fim ao Príncipe Feliz, que ele agora estava cego e que ficaria com ele para sempre.
O Príncipe disse-lhe que estava coberto de ouro e pediu-lhe que o levasse aos pobres que, quando viram o ouro, disseram que assim já tinham pão…Chegou a neve e a Andorinha teve cada vez mais frio.
Ela informou o Príncipe que ia embora e pediu-lhe para lhe beijar a mão. Mas o príncipe disse-lhe para ela lhe beijar os lábios e logo o coração dele se partiu em dois.
O Presidente da Câmara viu o Príncipe todo cinzento e sem jóias. Por isso decidiu pôr a estátua na fornalha a derreter, mas reparou que o seu coração não derretia. Deitaram-no ao lixo, onde também se encontrava a Andorinha morta. Deus pediu a um dos seus anjos para ir buscar as duas coisas mais preciosas da cidade. O Anjo levou-lhe o coração do Príncipe e a Andorinha.
Deus disse-lhe que fizera a escolha certa.
Disse-lhe também que no seu jardim, no Paraíso, a Andorinha cantará para sempre assim como, na sua cidade do ouro, o Príncipe o honrará para sempre.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Natal
É Natal, outra vez!
Contraditório? Aparentemente sim. Mas... e se pensarmos como Heraclito?, que defendia que de um lado existia o Logos, que governava todas as coisas e, do outro, o devir que se desenrolava no interior de um círculo apertado por laços poderosos. Acreditava que era no interior de cada um de nós que se operavam as mudanças, dizia que a vida e a morte, a juventude, a velhice e o sono eram a mesma coisa, porque estes transformam-se naquelas e inversamente aquelas transformam-se nestes.
E é assustador como todos os Natais eu reflicto àcerca disto!
Em todos os anos da minha vida passada e futura existe Natal e eternamente retornará. Mas o Natal, o seu espírito e a forma de nele estar nunca são os mesmos e eu própria (já tão alterada pelo "devir" da vida) nunca sou a mesma.
Este Natal é também pautado por dois extremos que se tocam: vou passá-lo apenas com o meu marido, filho, mãe, avô e gata mas, no entanto, acho que é o mais cheio de amor de todos!!!
Amor que nos alimenta a alma e que vamos aprendendo (aprender - processo mutável e eterno) a valorizar e a preservar mas que, sendo "fogo que arde sem se ver", temos que aprender a tentear.
Tal é o fogo de Heraclito, em que "o mundo é o mesmo para todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o criou; mas foi, é, e será sempre um fogo eternamente vivo, que com medida se acende e com medida se apaga. "
AMAR-TE-HEI SEMPRE PEDRO!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Geometria Sagrada
O que é a Geometria Sagrada?
Geo + Metria = medição da terra
Geometria Sagrada seria, então, o estudo das ligações entre as proporções e formas contidas no microcosmo e no macrocosmo com o propósito de compreender a Unidade que permeia toda a Vida.
Essas relações de forma e proporções consideradas sagradas na geometria e na arquitectura, também ocorrem de forma idêntica noutras áreas da expressão humana, como na Música. O estudo dos harmónicos, dos modos musicais vem fascinando os compositores e amantes da música há milénios. A mesma harmonia nos sons, nas formas, nas cores também se encontra na natureza, do microcosmo ao macrocosmo…
Geometria Sagrada…
A linguagem mais próxima da Criação?
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
O Jogo de Xadrez
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Aprendendo a jogar com os árabes, os habitantes da Península Ibérica desenvolveram muito a prática do xadrez. Os primeiros grandes jogadores são os espanhóis e um português.
