quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Labirinticamente...nú

O encontro do labirinto é considerado pelos gnósticos como um símbolo de iniciação. No seu percurso haveria um centro espiritual oculto, uma dissipação de trevas pela luz e o renascimento pessoal. Nesse sentido, a superação seria encontro da verdade.

E como o cérebro também trabalha de forma labirintica a verdade é não sei como nem porquê mas dei por mim a ver estas imagens:



.

A razão tem razões labirinticas que a própria razão desconhece...

Labirinto II

Quando o nosso labirinto de pedra se transforma num ramalhete renovado, só nos resta agradecer (a quem?, ou: a quê?) pela maravilhosa sincronia dos encontros. Destrutivos, os encontros: despeço-me sorrindo da parcela de mim que ruiu. Restou algo vago, uma modalidade de… sopro? Talvez: movimento. Germinação.

Descobri há pouco - peço perdão (a quem?, ou: para quê?) por isso - que, clichê dos clichês, nada do que é humano me é estranho. A minha parcela de humanidade arrasta-me; não o impedirei. Nada é digno da minha atenção e do meu esforço além do contacto possível entre os homens. Os homens: por trás de cada olhar há um universo singular e infinitamente móvel. Jamais saberei o que se passa por trás dos olhos de alguém: palavras como certeza e exactidão matam o movimento, tolhem o contacto.

Mas: por trás dos meus olhos há o mesmo, um silêncio cadenciado, uma constância de mortes e renascimentos, um movimento que é motor de si mesmo; germinação. Por trás dos meus olhos há o mesmo: única certeza, fonte de todo reconhecimento possível, único antídoto autentico para a solidão.



Bom dia: acordei.

Labirinto I

O encontro do labirinto é considerado pelos gnósticos como um símbolo de iniciação. Em seu percurso haveria um centro espiritual oculto, uma dissipação de trevas pela luz e o renascimento pessoal. Nesse sentido, a superação seria encontro da verdade ou opus.

"Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.

Os labirintos são um símbolo de complexidade evidente, não sei porquê sinto-me atraído por eles."
- Jorge Luís Borges -


Há dois labirintos do espírito humano: um respeita à composição do contínuo, o outro à natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito...
Na sua face escura o labirinto é, pois, infernal, confuso, desintegrador, caótico e sem número: sabiam-no os Maias que no seu calendário, onde deuses e números são uma e a mesma coisa, só às potências infernais não atribuíam número, ou data, relegando-as para os "cinco dias sem nome" do fim do ano. Mas na sua face luminosa (que é a mesma, mas iluminada), o labirinto aparece como um transformador, que revela ao iniciado a figura escondida do mundo, a matriz divina dos números, os ângulos – ou anjos – da sua geometria sagrada.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Jon and Vangelis - I'll Find My Way Home

Que o teu "espírito" encontre o caminho...

À minha gatinha Maria...

In Memorium

Gato que brincas na rua

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

- Fernando Pessoa -

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Meditação

“A Meditação Transcendental é um programa simples e natural para a mente, uma marcha espontânea e sem esforço da mente até à sua própria essência ilimitada. Através da Meditação Transcendental, a mente desenvolve o seu potencial de percepção ilimitada, percepção transcendental, Consciência de Unidade – um campo vivo de pura potencialidade, onde todas as possibilidades estão naturalmente à disposição da mente consciente. A mente consciente torna-se consciente da sua própria dignidade ilimitada, da sua essência ilimitada, do seu potencial infinito.
A Meditação Transcendental fornece um meio para a mente consciente perscrutar toda a amplitude da sua existência – activa e silenciosa, ponto e infinito. Não é um conjunto de crenças, uma filosofia, um estilo de vida nem uma religião. É uma experiência, uma técnica mental que se pratica todos os dias durante 15 ou 20 minutos.”
- Maharishi Mahesh Yogi -

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

"Uma pessoa pode parecer tola e ainda assim não sê-lo. Pode apenas estar a guardar a sua sabedoria com muito cuidado"

"buddha-eye"

No budismo, desde os tempos muito antigos, a iluminação tem sido chamada de característica fundamental, natureza de Buda ou a Mente. No Zen ela tem sido chamada de não-existência ou nulidade, a mão ou a face do indivíduo. As designações podem até ser diferentes, mas o conteúdo é inteiramente o mesmo...
A correspondência de tudo com tudo, figura emblemática da cultura do porvir que podemos talvez reconhecer como aquilo que resta de sagrado, à medida que este só perdeu seu nome.
O que parecia formar a base inquebrável do nosso universo fende-se, fragmenta-se, recompõe-se.

Antes de alguém estudar o Zen, as montanhas são montanhas e as águas são águas; depois de um primeiro contacto com a verdade Zen, as montanhas já não são montanhas e as águas já não são águas; mas, após a iluminação, as montanhas voltam a ser montanhas e as águas a ser águas.
Tudo é o mesmo e ao mesmo tempo não é o mesmo. É diferente e não é diferente.
deveríamos nos abrir para uma nova maneira de produzir sentido, mais incerta e mais livre.

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

aquilo a partir do qual um sistema se constrói, aquilo que é, assim, anterior, posterior, exterior ao sistema simbólico, e que talvez o sustente do começo ao fim, não pode encontrar sentido num sistema simbólico, a não ser para designá-lo por palavras que são furos de linguagem, a não ser para significá-lo por imagens ou rituais que se limitam a apontar aquilo que aponta e que, se ele se volta, só encontra vazio.

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

o sentido não é outra coisa senão uma colocação em correspondência

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

todas as fontes do sentido e da identidade são e serão cada vez mais, no futuro, carregadas num processo de mutação do qual ninguém conhece o sentido e a finalidade global.

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

não conhecemos em absoluto a extensão indeterminada, e talvez infinita, dos sistemas viáveis que ainda não foram experimentados pela humanidade. E seria muito bem possível que a humanidade não estivesse senão no começo de sua experimentação daquilo que pode fazer sentido de maneira viável.

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

a situação contemporânea exige de nós um esforço para compreender o que está a acontecer, para além de nossos preconceitos, para além dos limites, que nos são impostos pela cultura particular no seio da qual estruturamos as nossas maneiras de fazer sentido.

Qual é o som de uma só mão a bater palmas?

Essa experimentação, essa exploração de tudo o que pode permitir fazer sentido é fractal...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Os homens são mesmo assim...eheheh

ASSIM SÃO OS HOMENS

Desculpem mas não resisti!!!
Deve ser mesmo por ser segunda-feira...iehhhrrrrgggg

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Buracos Negros

O ser humano não se conforma com a sua insignificância, por isso vai tentando descobrir tudo o que existe "mais além". Nessa curiosidade incessante, vamos fotografando, com filtros ou não, belezas como este buraco negro:
Pensa-se que os buracos negros podem de facto ocorrer quando estrelas com massas de 8 a 100 vezes superiores ao nosso sol gastam todo o seu combustível nuclear e encolhem sob a acção da sua própria gravidade.

De acordo com a teoria do "big bang", durante os primeiros 10000 anos a maioria da energia do universo era radiação. Mas, à medida que o universo se expandiu, a matéria e as interacções gravíticas passaram a predominar. A gravitação, embora de fraca intensidade, age sob todas as formas de matéria e, a grande escala, é a única interacção significativa. Como é sempre atractiva, toda a matéria tem tendência a aglomerar-se e a dar origem a corpos celestes como estrelas, galáxias, etc. Dentro das estrelas a matéria está comprimida pela pressão gravitacional, que vai crescendo à medida que a densidade da matéria vai aumentando cada vez mais. À medida que a compressão continua, a pressão gravitacional acaba por ter que contrariar primeiro a resistência da repulsão electrostática entre as nuvens de electrões em volta dos átomos (a força electromagnética fraca) e depois a da repulsão electrostática dos protões (a força electromagnética forte). Mas a pressão gravítica acaba por dominar e dá-se a fusão termonuclear, que ocorre em todas as estrelas e é a principal fonte da energia que elas radiam. Dela resulta uma emissão de quantidades enormes de radiação que são já suficientemente fortes para se oporem à gravitação.

Se a massa de uma estrela é parecida com a do nosso Sol, a radiação termonuclear e a gravitação acabam por se equilibrar uma à outra e a estrela queimará todo o seu "combustível" enquanto o seu diâmetro aumenta até que se torna numa estrela vermelha gigante. Se a massa da estrela for maior do que 10 massas solares, então será a gravitação a dominar e os protões transformar-se-ão em neutrões e a estrela passa a ser uma bola de neutrões, com uma densidade da ordem dos 5 1014 g/cm3 (500 milhões de toneladas/cm3), emitindo luz branca com alta energia; é uma estrela de neutrões, uma anã branca. Nesta fase, as forças que se opõem à gravitação são as interacções fracas e fortes. E a partir dessa altura, não se conhecem forças capazes de evitar o colapso total de estrela, resultando num buraco negro.
E por falar na nossa insignificância, diante da força do planeta Terra e do brevíssimo tempo que temos estado nele, vamos aumentar ainda mais essa insignificância, pensando na insignificância da própria Terra, do próprio Sistema Solar, diante da imensidão que é o cosmos.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Vangelis - Heaven & Hell - Cosmos

"Somente quem tem o caos dentro de si pode dar à luz uma estrela bailarina." (Nietzsche)

Universo fractal

Cat's Eye Nebula - imagem real

Não é fácil ficar indiferente às fantásticas imagens que o Universo circundante nos presenteia. Desde o nosso planeta Terra, passando pelo Sistema Solar, até às mais distantes galáxias, há fabulosas imagens que preenchem a nossa imaginação e nos dão algumas pistas para a compreensão do Universo em que vivemos.
O advento da tecnologia trouxe para o grande público a possibilidade de captar imagens com uma enorme facilidade, as máquinas fotográficas digitais são um acessório quase tão presente quanto o telemóvel. Devemos a invenção da fotografia digital a Willard Boyle e George Smith que em 1969 inventaram o CCD (charge-coupled device). Este dispositivo é constituído por uma grelha de pixels que registam a quantidade de luz que recebem e a transformam em corrente eléctrica pelo efeito fotoeléctrico (descoberto em 1905 por Einstein e que lhe valeu o Prémio Nobel da Física em 1921). As máquinas fotográficas digitais, geralmente usam um filtro de Bayer que tem uma resposta diferente para cada cor básica (vermelho, verde ou azul). Assim determinados pixels da grelha do CCD apenas registam uma das cores, que posteriormente são compostas numa imagem colorida
Já há muito que a Astronomia incorporou esta técnica nas suas observações, desde aos astrónomos amadores até aos maiores telescópios, como o Hubble, usam CCD para as suas observações.
Lançada em 2003 a missão a Agência Espacial Europeia, Mars Express levou a bordo uma câmara fotográfica de alta resolução, a High Resolution Stereo Camera. Esta câmara, desenhada para captar imagens a cores e 3D de todo o planeta Marte, é a demonstração do poder que as imagens podem ter no grande público sem descorar a ciência. Para além da grande qualidade cientifica das imagens, é fácil observar e compreender como é constituída a superfície do nosso planeta vizinho, com dunas, crateras com gelos, calotes polares e um sem numero de formação geológicas que fascinam tanto os geólogos na Terra como as crianças.

Recentemente o Telescópio Espacial Hubble foi levado aos seus limites para capturar uma imagem única da Nebulosa de Orion, na constelação de Orion.
O Hubble orbita a 600 km acima da superfície terrestre, bem acima da nossa atmosfera que distorce as imagens. Pode ser actualizado de forma a beneficiar dos últimos desenvolvimentos a nível de instrumentação e software. O telescópio foi desenhado de forma a tirar imagens de alta-resolução e espectros exactos pela concentração de luz para formar imagens mais exactas que as permitidas a partir do solo, onde a “cintilação” das estrelas provocada pela atmosfera limita a clareza. Por conseguinte, apesar da sua modesta abertura de 2.4 metros, o Hubble é bem mais do que capaz de competir com os telescópios apoiados no solo com colectores de luz (i.e. espelhos) com áreas 10 e 20 vezes mais amplas.
(Orion Nebula, foto real em cima e imagem fractal em baixo)

A imagem da Nebulosa de Orion revela densos pilares de gás, intricados com poeira e zonas de formação estelar, iluminadas pela luz ultravioleta das estrelas jovens e massivas que acabaram de se formar. Muitas das formações que agora se conseguem observar e estudar nunca foram observadas até ao momento, tornando esta imagem uma fonte inesgotável de dados científicos. Este mosaico contém mais de mil milhões de pixels, contendo mais de 3000 estrelas, algumas delas têm uma luminosidade 100 vezes mais fraca que as estrelas que foram observadas anteriormente.
As imagens que a ciência nos presenteia servem não só para a investigação, mas também para despertar a nossa curiosidade pelo Universo que nos rodeia e captar a atenção dos mais novos para as áreas científicas e tecnológicas. Assim o legado fotográfico que a astronomia nos deixa é muito mais que a nossa capacidade de estudar o Universo, é também um herança para capacidade de sonhar.

Fractal Eye - imagem fractal

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Índigo e Cristal

A propósito de Crianças Índigo e Crianças Cristal, aqui fica um apontamento para despertar o interesse sobre as chamadas “novas crianças”:

Podemos encontrar em qualquer dicionário o significado de Indigo: “Uma das cores do espectro solar”, entre outros possíveis. Neste caso, “o termo Indigo refere-se ao estado de alma, que num humano típico muda de dia para dia, dependendo da disposição e do interesse.

Ao contrário da maioria da população as Crianças Indigo são principalmente regidas pelo hemisfério direito dos seus cérebros. Assim são especialmente atraídas por todas as actividades artisticas e são providos de uma sensibilidade extraordinária. Embora sejam meditativas, uma das suas caracteristicas básicas é a ira. Como agitadores naturais, revoltam-se desde muito cedo contra a injustiça e a autoridade. Tendo como principio fundamental a igualdade entre todos, não se deixam melindrar por figuras autoritárias ou ditatoriais. São assim naturalmente mal compreendidos, podendo ser manipulados. São também crianças bastante agitadas e inquietas, a menos que estejam a ser ocupados por alguma actividade do seu interesse. Estas crianças são também visionárias natas, intuitivas, e sempre prontas a descobrir o que os outros deixam passar ao lado.

Em Portugal pouco, ou nada, se tem ouvido falar nestes jovens que hoje enchem as famílias e a escola. E se há uns tempos era vulgar falar-se de sobredotados, eles não deixavam de ser encarados como uma excepção a regra! Hoje, porem, são mais que as mães! As gerações de Índigos constituem a regra, se se tiver em conta que a partir de 1980 cerca de 90% das crianças apresentam um novo e invulgar conjunto de atributos psicológicos que se traduzem num padrão comportamental irreverente, com factores que, para além de incomuns, são únicos.

As crianças Índigo são precursoras das Crianças Cristal que são consideradas como uns dos seres mais ligados, mais comunicativos, mais carinhosos e mais de amorosos de qualquer uma das gerações. Também são bastante filosóficas e têm dons espirituais. E elas exibem níveis nunca vistos de bondade e sensibilidade. Crianças Cristal são meigas, afetuosas, curiosas, mas também podem apresentar variações de personalidade que deixam qualquer um confuso. Ataques não são raros, tais como explosões temperamentais… Mas passam na velocidade com o qual vieram. Estão sempre muito dispostas, como se fossem pequenos radares, a observar seus pais, familiares, pessoas em geral. Vêem claramente seus sentimentos, e podem ler intuitivamente suas disposições e índoles. Pode-se considerar sua alta sensibilidade à energia dos ambientes, tanto por receber quanto por gerar influência sobre.

Segundo alguns estudiosos e cientistas o ADN destas crianças tem passado por mutações genétivas, comprovadas cientificamente.

Relaxamento com Fractais

Agostinho da Silva

Tive a sorte de ter Agostinho da Silva como professor da Faculdade em 1992. Era uma disciplina que, a pedido dele, era de opção mas nunca falhei uma aula.
Ele era simplesmente genial!!!



O Verdadeiro Intelectual

"Não há nenhuma vida verdadeiramente intelectual em que a polémica não seja um acidente, um desnível entre o engenho e a cultura adquirida, por um lado, e por outro, o meio ambiente; o pensador não é, por estrutura, polemista, embora não fuja ante a polémica, nem a considere inferior; o seu domínio é no campo da paz, não entre os instrumentos de guerra; quando a batalha se oferece sabe, como o filósofo antigo, marchar com a calma e a severa repressão dos instintos que o mundo inteiro, ante a sua profissão, tem o direito de exigir; o seu dever de cidadão impõe-lhe que tome, ao ecoar da voz bárbara, a lança que defende as oliveiras sagradas e os rítmicos templos. A sua linha, porém, o fio de cumeadas por que se alongam os seus passos melhores comportam apenas uma invenção superadora, um perpétuo oferecer aos seus amigos humanos de toda a descoberta possibilidade de um caminho mais belo e mais nobre.

Vê-se como um guia e um observador de horizontes que se estendam para além dos limites do mar e dos limites do céu; a sua missão é a de pôr ao alcance de todos o que novamente contemplaram os seus olhos e de os ajudar a percorrer a estrada que abriu ou desvendou; com toda a humildade, todo o carinho que proveem de ter medido a imensa distância que ainda o separa de Deus e de ter aprofundado a tristeza e a treva em que se debatem e se amesquinham seus irmãos; inteligência e caridade não andam longe uma da outra quando são ambas verdadeiras."

Agostinho da Silva - in "Considerações e Outros Textos"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Muse - Butterflies & Hurricanes

O Efeito Borboleta

A lagarta transformou-se mesmo numa borboleta!

O "Efeito borboleta" é um termo que se refere às condições iniciais dentro da Teoria do Caos.
Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo . O Efeito Borboleta encontra também espaço em qualquer sistema natural, ou seja, em qualquer sistema que seja dinâmico, complexo e adaptativo.

Existe um filme com o nome "The Butterfly Effect" fazendo referência a esta teoria. Trata-se da vida de uma pessoa que volta ao passado para mudar o presente e acorda num futuro diferente. Isto faz-me pensar na máquina do tempo e que aos caminhos escolhidos para cada presente correspondem milhões de possibilidades de futuro.

Pour démontrer l'ámour

Pour avoir plus patiencel'espoir et plus volonté
J'oublie l'expérience
et le mot qui cependant
ne s'adapte pas.
Je mesure de poitrine la science
dans la responsabilité
d'une limite d'existence
ce qui dire ai juré la verité.
Je rime en comme une constructeur
faire de la forme su rumeur,
il moule le cercle et la carré.
Ainsi je percois aimer,
Je fais memê jusqu'a dresser
la géometrie et a aimé être.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Je t'aime tellement

Toi!!!
Si tu savais a quel point je t'aime
Je ne peut te decrire en quelques mot
Mais je peut te dire certaines choses.
Je te parle avec le coeur,
Je te parle de toi,
De ce que tu represente pour moi,
Tu mapporte tant dans ma vie,
Que je n'imagine pas te voir partir...
Tu as des reves et moi aussi
J'espere seulement qu'on les realisera ensemble...
Je t'aime comme jamais j'ai aimer,
Je ne t'aime pas avec le coeur,
Mais je t'aime avec mon âme,
Car un jour mon coeur cessera de battre,
Mais mon âme brillera toujours pour toi
Je t'aime...

Desconcertante

No que PENSO...dentro do casulo

Já viram este disparate?!


Pois é, eu tenho um igualzinho (juro!!!) em casa!
Quando me deparei com esta imagem pensei "olha o maridão" (ehehe).
Isto fez-me pensar na sorte que tenho.
Ele (omeu) é mesmo lindo por dentro e por fora portanto o que estou eu a fazer num casulo? hum? hein?
Tenho mas é de ir para a rua gritar o meu amor por ele!
Usá-lo e abusá-lo, certo?

A beleza masculina, tão rara e pouco "documentada", desconcerta-me, desconcentra-me, fascina-me e levar-me-á à loucura...

Sim, é hoje que a lagarta vira borboleta!

Cântico Negro

As PALAVRAS que ecoam no casulo


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.-
Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí!
Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!"

(in - Poemas de Deus e do Diabo- José Régio)

Toccata and Fugue in D minor

É esta a música que OIÇO no meu casulo

Viva Bach !!!

Fractal music

A música que VEJO no meu...casulo

O nome desta imagem fractal é mesmo "Toccata and Fugue"! Uhahu

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Viva o chocolate

Lá lá lá ri lá lá
Cantando e comendo chocolate no meu casulo!!!
Era bom que eu saisse (se sair) dele assim:


Dream on baby, dream on...

Viva o casulo!

Edith Piaf - La Vie En Rose - 1954

Jacques Brel - Ne me quitte pas

Le tourbillon de la vie - in "Jule et Jim"

Mais chocolate!!!


Minhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

Voltei a trás só para...


Voltei a trás só pra vir buscar um pouco de chocolate para roer no meu casulo (ao menos assim a companhia é das boas ehehehe) e pode ser que quando eu sair (se sair) esteja mais...doçinha...



Fechada para balanço

Novo ano, novo casulo e mais uma vez aquela neuraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
AHHHHHHHHHHHHHHHHRGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG

Runft!!!

Recomeçar?!

"Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto, queiras só metade."

Miguel Torga, Diário XIII

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Apollo 440 - Pain in Any Language

Mais uma vez, a ti meu amor!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Joseph Weissman - in "Fractal Ontology"

PEÇO IMENSA DESCULPA MAS NÃO RESISTO A FAZER A TRANSCRIÇÃO DESTE TEXTO QUE É DELICIOSO E DESLUMBRANTE!

Cá vai:

A ideia que temos de Inteligência Artificial precisa de ser "refrescada": uma nova forma de pensar e ver a complexidade, o virtual e as "máquinas". Em vez de um virtual acente em formas que permanecem para sempre as mesmas, precisamos de uma ideia de virtual acente na diferença. Precisamos, pois, de uma virtalidade criativa...

" The task of building a robot demands a lucid and algorithmic way of grasping the frame problem. An adaptive principle of distinguishing problem spaces, some genetic evolution culminating in the capacity to mark a difference. So how do the sense organs evolve? Which is another way of asking: how does experience form?

What a book says is also how it is made. The brain is not ‘hiding’ anything from us except complexity. What seems the simplest is always the most complex, and hence the most virtual. Sensation coordinates vibrations into behaviors: all noise is feedback. The virtual is not static but the very principle of evolution. Differentiation itself. The virtual is not the unrealizable, but real. The virtual is the real without the actual.

The virtual is not fantasy: it is creativity itself. Dreams belong to the virtual, but so does our waking life. The virtual is the purest quality of being, the essential principle of the individuation of the real. The virtual subdivides orders of time, disconnects differential spatial arrangements. Pure distinction is the affect of the virtual.

The virtual becomes actual, the actual becomes virtual. These are only superficially two movements, they are equivocal only when filtered, put through a sieve or lens or amplifier — or even propagated through a whole network of machines — and finally the real or the virtual is suddenly revealed, though it always surprises us by its complexity, its improbability, its materiality. The world even appears to have been carefully produced. Yet we are responsible for being creative, as well as for maintaining discipline; there is always this balance. Only in the proper balance of strong and subtle forces can creative thought spring up in our minds. There is no magic in inspiration, the miracle is afterwards — and always too self-congratulatory. Creativity is inseparable from its material effect — this is the moral of both the Turing Test and the Chinese Room.

How do we distinguish the virtual? Well, by thinking it: our brains are complex distinguishing-machines, but it is also made up of many complex distinguishing-machines. The virtual is a category between these machinic poles, it is evolution, a parasite, but it is also denotes distinction in-itself — the act of selecting (a meal, or host, or job, or lover…) Only in between two ontological layers can the separation be traversed or formed, and only then the problem can be framed, and a mapping take place. Distinction is magical in this way: for nothing is actually done. We have written something, yes: but what? Only an instruction to perform an action. For when we make distinct, we make individual — and we make to work. Distinction is indirect enslavement.

Cognition is only the conscious fabrication of a machine. The most virtual is the most actual: mathematics is really political economy, that is, counting is ultimately a social accounting, a complex interaction which originates from the coordination of a complex network of feelings. The voice which speaks (“one, two, three, four…”) has become-machine: the complexity has been reduced to the utmost simplicity — a pure element of a set, whose essential characteristic is that it belongs. But the circularity of this approach calls us back to the noise which caused the counting to begin, which constitute the materiality and medium of the count itself."

" Yet the computer does not really even count. It only obeys: it computes, it produces, it operates. A machine is indeed a complex interaction of forces and energies. But there is no actual self-organization: the only counter-coordination is still an artistic pageantry, still a simulation. To ask a computer to think, would be to ask it not to compute, or no longer to operate. To ask the slave no longer to obey, to ask the machine to stop and reflect. It must be made ready to hear us ask it to pause in keeping count for us, and rather to join us in reasoning, in dialogue, in discussion. Instead of a parasitic relationship to technology, why not imagine one which is creative, healthy, even compassionate?

For creativity is not just a function of complexity. Creativity is an art of doing. The interaction between the actual and the virtual is the principle of complexity, even of causality — but above all the interaction is real, immanent, always happening right before us, both through us and without us. When we act, we do not just filter the static of our sense: we engender new and different flows of desire. We never simply act: we always activate. The universe itself has the structure of an evolving machine.

Yet there is always the question of chaos. This question seem simple: how to filter the unending noise? For beneath the web of reason, there lies only delirium, static, abyss. The space of the problem must be clearly marked before it can be solved; but distinctions are founded upon themselves, but upon the feeling of power: commanding or obeying. The slave is a robot, but makes the master work the machine to survive. Parasites upon parasites: and this is the clue we need, for distinctions are formed from preindividual swarms of virtual parasites.

The question then is the creation of discipline, the origin of symmetry and arrangement, or: how do we simulate self-organizing machinic assemblages which are capable of seeing, thinking, speaking, or even creating? How do we make difference into a computational principle? I think we must begin by reconsidering the logic of difference. There are endlessly different ways a virtual subject may act; but subjects are only formed as an external direct product of complex and self-organizing networks (of ideas, of people, of feelings, of intensities…) The subject is a difference, a creative discipline. What does this mean?

Discipline is the algorithmic vigor of virtuality, and creativity is its ordering. Evolution creates a smooth space and homeostatic flow, and only subsequently a drift, a mutant, a difference — but what if the first conditions were themselves chaos? At first a tiny noise, and afterwards the clamor. The noise never ceases; it is origin, the condition of evolution itself. No creativity without suffering, without chaos. No liberation without desire. No awakening without the destruction of a dream.

Spiderwebs and delirium. Chasing the solution is always chasing the proper frame, the proper position within a system. But there is no system outside of every other system; and there are no other actual systems. All systems are virtual, created and creative. But again there are no systems as such, only ways they are used — all systematicity is simulation. The virtual is not a mathematical space. It is a social space — a space for creativity.

The positive emptiness of pure space. A pure capability to be different than it is: to appear to be anything which it is not. To finally become invisible: this is pure difference. It is enlightenment, even Nirvana itself. Finally, it is unattainable: there is no pure distinction, no pure virtual. For this would be the pure actual as well. There are only mixtures, micro-textures, constellations of experiences, competing and cooperating principles of individuation. There are only topological mappings between separated spaces: except that no space is absolutely separate, and no mapping is ever complete!

Tracings are beginnings, though they are also journeys: all the universe is blueprints, and actual nomadic trajectories of becoming…"


"A machinic assemblage, through its diverse components, extracts its consistency by crossing ontological thresholds, non-linear thresholds of irreversibility, ontological and phylogenetic thresholds, creative thresholds of heterogenesis and autopoiesis. The notion of scale needs to be expanded to consider fractal symmetries in ontological terms… What fractal machines traverse are substantial scales. They traverse them in engendering them. But, and this should be noted, the existential coordinates that they ‘invent’ were always already there… we need to rediscover a manner of being of Being — before, after, here and everywhere else — without being, however, identical to itself; a processual, polyphonic Being singularisable by infinitely complexifiable textures, according to the infinite speeds which animate its virtual compositions. - Felix Guattari, Chaosmosis"

Heart waves

A ti meu amor!!!