O encontro do labirinto é considerado pelos gnósticos como um símbolo de iniciação. Em seu percurso haveria um centro espiritual oculto, uma dissipação de trevas pela luz e o renascimento pessoal. Nesse sentido, a superação seria encontro da verdade ou
opus.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK0G_vwnyD9taEzNtoBYeZEewfDYxZTI10xKNyJKV2hHd6T8ke5ZMNrfyNCQM9vqbyL45XGi_2Smr7gQ9ZS8zPx3WTcu64k2Zg5blfFjVFvjvAIO614P8b_J1rdnbRW46ltPaufrqppX8/s400/Labirinto.jpg)
"Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.
Os labirintos são um símbolo de complexidade evidente, não sei porquê sinto-me atraído por eles."
- Jorge Luís Borges -
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0A0KecOp4jV5QrpyDAg6kjsqGoI8MqCwbd7VIHMf1N87v2nG5AswCwPtshZe_3aeAcj4Ro8AfNMytM-wKK0RlxsoCOYcbe2-576ni9s0Vwy8gLj3dOT-F8GpQI1jFJGkWktRiR20PZbU/s400/labirinto5.jpg)
Há dois labirintos do espírito humano: um respeita à composição do contínuo, o outro à natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito...
Na sua face escura o labirinto é, pois, infernal, confuso, desintegrador, caótico e sem número: sabiam-no os Maias que no seu calendário, onde deuses e números são uma e a mesma coisa, só às potências infernais não atribuíam número, ou data, relegando-as para os "cinco dias sem nome" do fim do ano. Mas na sua face luminosa (que é a mesma, mas iluminada), o labirinto aparece como um transformador, que revela ao iniciado a figura escondida do mundo, a matriz divina dos números, os ângulos – ou anjos – da sua geometria sagrada.
Sem comentários:
Enviar um comentário