"Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra perderam-se tantas gerações, como María Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.
Os labirintos são um símbolo de complexidade evidente, não sei porquê sinto-me atraído por eles."
- Jorge Luís Borges -
Há dois labirintos do espírito humano: um respeita à composição do contínuo, o outro à natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito...
Na sua face escura o labirinto é, pois, infernal, confuso, desintegrador, caótico e sem número: sabiam-no os Maias que no seu calendário, onde deuses e números são uma e a mesma coisa, só às potências infernais não atribuíam número, ou data, relegando-as para os "cinco dias sem nome" do fim do ano. Mas na sua face luminosa (que é a mesma, mas iluminada), o labirinto aparece como um transformador, que revela ao iniciado a figura escondida do mundo, a matriz divina dos números, os ângulos – ou anjos – da sua geometria sagrada.
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