quinta-feira, 27 de março de 2008

Marés de Neptuno

Quando no meu Mar marés altas de anunciam,
num fluxo periódico, sistemático e repetido -
na atracção Universal de corpos celestiais -,
e as águas se elevam e já são braços,
e logo níveas asas liquefeitas,
no esvoaçar incessante de gaivotas,
buscam-se margens, tal amarras.

E do seu centro, abismo, mar imenso, paul escuro,
uma claridade se alteia,
não tenho mais certezas, nem sagradas verdades,
que do imo do verdes das águas, refulgente,
um coração explode, bate desmedido, sente.
E contra forças centrípetas faz de leme
e do frágil sonho o seu remo...
Faial - Açores: a terra que mais amo!

Fotografia de José Henrique de Azevedo (Peter)

5 comentários:

Anónimo disse...

Fotografia espectacular, acompanhada de um lindissimo poema que me fez cheirar a maresia e ouvir o sussurrar das ondas!

Um beijinho

vieira calado disse...

O poema tem um ritmo quase épico, a fazer lembrar o ritmo de certas passagens de "Os Lusíadas".
O mar é o cerne. O nosso mar.
Aí e aqui.
Amanhã ou depois vai aparecer no meu blog, um poema também sobre o mar.
Cumprimentos

Noslen ed azuos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Noslen ed azuos disse...

Adoro poesia...adoro o mar...quando se unem
me apaixono.

beijos
NS

carpe vitam! disse...

lindíssimo, um belo convite à ida...