"Não te esqueças de que a tua frase é um acto. Se desejas levar-me a agir, não pegues em argumentos. Julgas que me deixarei determinar por argumentos? Não me seria difícil opor, aos teus, melhores argumentos. (...) Para fundar o amor por mim, faço nascer em ti alguém que é para mim. Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse. Se não, amar-me-ias ainda. Mas educar-te-ei para mim. E, se sou forte, mostrar-te-ei uma paisagem que fará de ti meu amigo."
Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"
2 comentários:
não sei se amar tem alguma razão ... se tivesse era mais fácil de explicar. Sei lá ...
um abraço
E depois, o que faríamos com essa mesma explicação? Argumentaríamos? Para quê?...
Presentemente, na fase da vida em que estou (mas ao contrário de outras pelas quais passei ou passarei), prefiro apenas TER A CERTEZA de que amo e SABER que sou amada..., nada mais peço, por agora, ao meu amor...
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